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sábado, 3 de fevereiro de 2018

NA MADRUGADA

Horário em que reflito, escrevo e, na maioria das vezes, desisto...
Deleto minhas divagações e me prendo à leitura e a observação.
São inúmeros os filósofos, escritores, pensadores e formadores de opinião na minha linha do tempo, e milhares os assuntos. Alguns de cunho autoral, mas 99% - ou mais - frutos de um "copia e cola" desenfreado. Muitos deles com citações mentirosas, autorias incorretas, contextos equivocados.
E, ainda assim, compartilhados.
Desfruto de belos pensamentos motivacionais, repletos de segredos e dicas para "darmos certo". Eles perdem um pouco do encanto, pois sei que não resistem ao amanhecer... simplesmente por serem surreais, absurdos, fantasiosos. Coisas que na maioria das vezes vão muito além das forças e da capacidade de um ser humano normal.
Leio coisas realmente bonitas... mas nada práticas.
Fico perplexo com a quantidade de compartilhamentos que alguns textos alcançam, apesar da pobreza de seus conteúdos e da fragilidade de suas ideias.
As redes sociais são ótimas, tirando o seu lado péssimo. É uma democracia extremada, que mais desinforma e emburrece, do que o contrário.
Está quase impossível falar sério no Facebook, por exemplo. São muitos opinadores formados "na tela", profundos conhecedores do "achismo", envoltos no manto da "igualdade obrigatória".
A legião de imbecis de que Umberto Eco falava está cada vez maior. Essa gente torna o mundo chato, pesado, monótono, sem cor.
Não há como discutir com ignorantes, eles ganham na experiência.
Se sobrevivermos a esses tempos de preguiça mental e espiritual, talvez tenhamos chance.
De toda sorte, ao menos, sempre haverá a poesia...

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