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quarta-feira, 7 de outubro de 2015

O SEGUNDO CAFÉ

Eu desenvolvi uma teoria em minha vida (talvez, alguns a tenham também, com outros nomes ou com pensamentos similares), quem sabe, até meio simplória, mas  que se resume no seguinte: algumas coisas, determinadas situações, para mim, são como um “segundo café”. Não falo aqui de um café daqueles completos, que fazem um desjejum perfeito, cheio de salgados e guloseimas. Falo daquele café gostoso, tomado por hábito – ou vício, mesmo. Aquele café que nos aplaca um frio de inverno, que nos tira a preguiça nos momentos de fadiga, ou que simplesmente nos alimenta corpo e alma em momentos de leituras, reflexões ou descanso.
Digo isso, porque nunca consigo fazer um segundo café, com o mesmo sabor do primeiro.  Se trata de uma missão impossível para mim. Embora tente caprichar, movido pela vontade de saborear de novo aquele momento de satisfação, via de regra, fracasso.
Momento bobo, eu sei... mas não deixa de ser frustrante.
E o que quero dizer com isso?
Apenas me ponho a refletir que, na vida, muitas coisas são como o segundo café. Existe um momento próprio para apreciá-las, para senti-las, para que aconteçam. Passado esse momento, não há como repetir, voltar atrás, não teremos uma segunda oportunidade. É um momento único para deleite, para experimentação, para melhoria, para crescimento.
Com certeza, muitas coisas terão novos momentos, ofertarão alternativas, culminarão com desenlaces ainda melhores do que os esperados. Com melhores “cafés”. Mas outras não. E essas, são as que chamo de “segundo café”!
Em certas situações, lutaremos, nos esforçaremos ao máximo, para tentar repetir um momento de êxtase, de volúpia, de realização, de felicidade incomparável. Mas, infelizmente, veremos que será em vão.
Todos temos os nossos momentos de “segundo café”! É inevitável. Acho até que faz parte do destino.
Talvez a sabedoria esteja em saber apreciar cada “café” como um instante único, compreendendo que o sabor e a satisfação estão diretamente ligados à exata medida de nossa entrega e desejo. São proporcionais ao nosso empenho, motivação e estado emocional.
Saibamos apreciar e identificar aquele primeiro café que, por algum motivo, será sempre inigualável. Aquele que jamais poderá ser experimentado novamente, não com igual intensidade, não com igual benefício.
Esses cafés marcam nossas vidas. E, talvez, façam aquela diferença de que tanto nossas almas precisam... e que tanto elas procuram.

Já tomaste um bom café hoje?

Imagem: google/internet

3 comentários:

  1. Sábias palavras!
    http://www.identidadecampeira.com.br/

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  2. Realmente, sábias palavras amigo. Em nossa vida, tudo que ocorre é único, por isso se chama 'agora'. E por isso deve ser bem apreciado, sem comparações....

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