A minha
primavera, enfim, chegou.
E bendita
seja essa visita de estação!
Bem
que eu já havia notado seus ensaios de aparecimento: um perfume de acácia inebriante
aqui, um sanhaçu faceiro e altivo acolá... e aquele cheiro de novidades, aquele
vento de esperança, aquela brisa matinal de novo tempo!
Há
dias as matas do meu Rio Grande pareciam sussurrar sua chegada... um verde
entonado nos pastiçais demonstravam seu passaporte a esse rincão!
As árvores despertam e, contrariando o clima ameno, antes despidas elas agora começam a se vestir com seus brotos, suas folhas e suas flores, entregando novas razões de viver a seus admiradores e habitantes ávidos de aventuras e de novos e alvissareiros voos.
A
sanga, carregando as flores que roubou nalguma barranca, dá indícios claros de
que a vida está pronta para, novamente, mudar seu clico.
A água
morna a molhar meus pés torna o inverno uma mera lembrança que somente será
realidade novamente em um futuro próximo. Embora sendo parte do que é natural à
nossa vida, o fim do inverno me liberta da angústia fria imposta por algumas de
suas boas dezenas de geadas e manhãs esbranquiçadas e congelantes.
A
minha primavera se faz sentir!
Renasce
o mundo de uma outra forma, a qual desejo sempre aos corações de todos: leve,
doce, prazerosa, amigável, cativante, bonita, colorida, receptiva e cheia de esperanças!
A
minha primavera é um afago!
Pois
que seja bem vinda, que traga sempre boas novas... e que seja eterna enquanto
dure!
A
minha primavera é nossa!!! Aproveitemos!!!