Em breve estarei agregando mais
um inverno à minha existência terrena. Escrevo terrena, mas sem qualquer tipo
de convicção que me leve a crer que existam realmente outras paragens. Estas questões
permanecem como um grande mistério, diante da capacidade de percepção e
entendimento que hoje possuo. Mas me sinto abençoado por ter chegado até aqui,
até este momento atual. Gracias meu Deus.
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Não tenho tido muito tempo para
me dedicar a este espaço, mas eu já previa que isto aconteceria, mais cedo ou mais tarde. Não que careça de grandes
inspirações, mas em respeito aos que eventualmente visitam este blog, é
preciso que eu tenha um mínimo de vontade para deixar algum tipo de registro
por aqui, senão, a escrita é em vão e indevida. Faz parte. Por isso, perdoem este "blogueiro", esta não é minha melhor faceta. Mas vamos indo, topando o desafio. O que tem ocupado minha mente com grande frequência são os assuntos políticos, e não quero ficar falando sobre isso de forma constante.Quero uma comunicação consciente, mas também leve.Política é importante, mas todo o resto também.
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Andei debatendo sobre os festivais no facebook. Confesso que os resultados não são muito agradáveis. A má vontade (ou má-fé) de alguns que fazem parte do meio, acabam tornando as discussões improdutivas, parciais e ridículas. É inacreditável que os festivais não possam (e não devam) ser encarados como um forte movimento cultural em nosso Estado. E mais inacreditável ainda é a omissão por parte dos órgãos destinados a cuidar de nossa cultura, quanto ao que deve ser feito neste meio. Em pleno século XXI, o Estado patrocina vários eventos sem transparência, com atitudes totalitárias e indecentes. E temos pessoas do meio que defendem regras que estão muito longe de serem democráticas. Afinal, quem ganha com a repetição de erros, com a somatória de absurdos? O que se faz hoje em alguns festivais é realmente música campeira? E o que é música campeira? Quem estabeleceu as verdades sobre este assunto? Porque a resistência nas mudanças que não mudam o cerne do evento, mas sim sua transparência e decência? Isso é assunto para vários debates ainda. Contudo, já estou um tanto quanto de saco cheio. Em outro momento, talvez fale mais sobre isso.
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Um pouquinho de política: fiquei assombrado com a coluna
que li, da Rosane de Oliveira. Manifestando uma opinião que para mim é de uma infelicidade
suprema, esta Sra. defendeu a extinção da UERGS que, segundo ela, tem um custo
de mais ou menos 90 milhões. Que barbaridade! Isso soluciona os problemas de
décadas de nosso Estado? Isso é uma proposta aceitável? Mas a que ponto
chegamos? Além de infeliz, uma opinião covarde, simplista e retrógrada! Ao invés
de atacar criação e manutenção de cargos, secretarias e assessorias inúteis,
busca-se acabar com uma instituição educacional e denegrir servidores
concursados, tratando o assunto de uma forma irresponsável e superficial. A
nobre jornalista e opinadora parece esquecer os pagamentos feitos pelo Estado para
a RBS!!! Santa hipocrisia Batman...
Também não entendo os recalques
que vejo contra funcionários públicos, nas manifestações nas redes sociais. Parece
mais um desabafo de quem não consegue manter uma disciplina de estudo e de
metas, mas enfim... talvez o foco das reclamações estejam sendo deturpados em
meio a tantas sujeiras que brotam todos os dias nos palácios da governabilidade.
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Quanto ao Grenal, acho que não
resta muito a dizer... ganhou o que tem o melhor elenco, o que investiu mais –
e também melhor. O Grêmio atravessa uma fase difícil mesmo. Está fazendo um
trabalho importante de contenção de despesas. Mas acho que deve pensar em
manter um pouco mais de equilíbrio. Futebol não se faz somente com extracampo.
É preciso produzir vitória, títulos. Uma gestão eficiente não pode perder de
vista o fato de que a torcida necessita de um time competitivo e que dê retorno
em campo. Isso é primordial. O Grêmio – e muitos torcedores têm culpa nisso –
tem apostado demais em estrangeiros, na tal “alma castelhana”... e os frutos
destas aposta são ZERO. Nenhum grande jogador, somente grandes salários e belas
encrencas. Respeito o Felipão, mas ele é por demais ultrapassado. E cito dois
exemplos fundamentais, que nos custaram o título do gauchão: preferiu jogar com
Felipe Bastos, deixando Wallace no banco. Pelo pouco que entendo de futebol,
Wallace é só umas 136 vezes melhor. Deu no que deu. O outro exemplo dá-se no
arquivamento do jovem Lincoln... alguém consegue explicar? Pois é... nem eu. Lamento
até hoje que Homero Bellini Jr. não tenha sido eleito presidente do tricolor. O
Grêmio precisa respirar novos ares, e estes ares existem em seus próprios
pulmões.
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Meu livro de poesias (Travessia)
já está na Gráfica, em fase de editoração e ajustes. Já temos uma ideia de
capa, de “miolo” e tudo mais... falta mesmo somente a correção de alguns
pequenos itens e, em breve, já estará circulando por aí. Por incrível que pareça, não estou ansioso ou
coisa do tipo. Gosto da ideia de estar conseguindo concretizar algo deste
porte. Hoje, me parece bastante importante, talvez amanhã já não seja. Espero
que seja um trabalho bem recebido, aceito pelos amigos e leitores. Só isso,
nada mais.
Em breve, mais um inverno à tarca
dos anos.
Quem sabe, mais alguns livros...
espero que mais amizades, mais tempo com a família, mais música e poesia, mais
trabalho, mais simplicidade e cada vez mais, paz de espírito. Sempre com muita saúde, para todos nós.
Grande abraço! Deixo uma imagem de regalo!