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domingo, 15 de março de 2015

O DIREITO À MANIFESTAÇÃO

Digam o que disserem, publiquem o que publicarem, somente uma verdade merece ser prestigiada: todos temos direito à manifestação. Todos os argumentos de que precisamos estão assegurados pela nossa Constituição, embora muitos a tratem como um livrinho qualquer, ou queiram vê-la em retalhos.
Mais do que isso: ninguém faz mudanças em um país sentado em um sofá, ou com críticas baseadas em teorias que não contemplam uma atitude sequer.
Seja "coxinha" ou seja "esquerda-caviar", mas não seja água morna.
Ficar em cima do muro para criticar a tudo e a todos é fácil. Difícil é ser cidadão, é ter opinião e manifestá-la, correndo o risco de ter que assumir o erro posteriormente. Isso é jogo. Só idiotas são inflexíveis à mudanças.
No dia de hoje, quem se acha prejudicado com aumentos de praticamente 100% na conta de luz, tem o pleno direito de ir às ruas, pois houve jogo sujo para tarifar o povo, tivemos fraude eleitoral.Assim como quem se acha prejudicado com o aumentos dos combustíveis, levando-se em conta que a nossa empresa "auto-suficiente" foi saqueada e que no exterior o preço barril de petróleo nunca foi tão baixo.
Quem não concorda com MST's e outros "movimentos sociais" implantando o terror e acabando com nosso direito de ir e vir - usando nosso dinheiro para isso - deve ir às ruas.
Quem sente a insegurança por andar desarmado enquanto bandidos portam fuzis, tem que se manifestar.
Quem acha que nossa "pátria educadora" é só uma falácia, deve ir contra o que está acontecendo.
Os que não são cegos aos problemas que sangram nossa saúde, não podem ficar quietos.
Quem trabalha quatro meses por ano somente para pagar impostos, tem a oportunidade de dizer que não concorda, que isso efetivamente não é justo.
Quem não concorda com um judiciário de joelhos, que acoberta um legislativo que não nos representa e um executivo que só pensa em seu grupo de poder, hoje tem o dever de ir às ruas.
Quem tem dúvidas quanto às urnas eletrônicas, deve comparecer à manifestação de hoje.
Não é possível ignorar a inflação, e a corrupção que assola nossas estruturas "democráticas".
O impeachment pode não ser vontade de todos, mas se alguém o deseja, deve ter o direito de lutar por isso. Até mesmo porque existe embasamento legal e motivos para tal desejo.
Toda mudança deve começar por algum ponto. Hoje, tenho convicção de que a mudança começa por extirpar o PT do cenário político, juntamente com seu Foro de São Paulo, com suas relações promíscuas e nada salutares com governantes ditadores, que subjugam os direitos de povos vizinhos.
O PT disseminou o ódio entre as classes, de forma a enfraquecer a força de nossa gente, a fim de manter-se no poder a qualquer custo.
Ninguém acredita em salvador da pátria. Mas também não devemos acreditar que a inércia nos levará a uma vitória. Temos que lutar por ela, ainda que seja mínima, em um primeiro momento.
Partidos não irão nos salvar. Nem PSDB, nem PTB, nem PMDB, nenhum outro. Só melhoraremos mudando nossas atitudes, terminando com o voto à cabresto e eliminando os maus políticos do nosso meio. Forçando o Congresso Nacional a fazer aquilo para o qual elegemos nossos representantes.
O povo deve dar a pauta do que precisa, do que entende como justo, do que se faz necessário para melhorar a situação do país.
A mudança começa por nós.
A Constituição nos assegura a liberdade, o direito de exercitarmos nossa cidadania, de contestarmos.
Vamos fazê-lo, pois nossos direitos constitucionais estão por um fio.

sábado, 14 de março de 2015

Enlaçou-me de amor..

E parti, bem de manso - mil desejos contidos...
... mas singrando sem pressa, pelo corredor!
No castanho dos olhos - no que guardava o vestido
Alento à sede da alma, e a cura certa prá dor...
No batismo das luas, eu ainda era um menino
E fui olfateando o aroma, que ela guarda - em flor...
Daquele dia em diante, ela traçou meu destino
... botou-me um pealo certeiro: enlaçou-me de amor!

terça-feira, 10 de março de 2015

EU SOU GOLPISTA



Não canso nunca de repetir que a política é algo sério, embora ainda a tratemos como uma “coisa qualquer” que ocorre em nossas vidas.
O País vive novamente um momento de grande instabilidade, onde a imensa capacidade de comunicação existente no mundo atual acaba por auxiliar e prejudicar ao mesmo tempo. É muita informação, com paradoxos extremos e algumas toneladas de interesses escusos agindo nas sombras.
Esta situação, aliada ao fato de que a grande maioria não se interessa por política (a não ser para  reclamar – de preferência sentados, sem fazer nada) e que carrega, ainda, uma preguiça enorme de ler e buscar informações fidedignas, acaba por criar uma guerra insana de acusações e defesas, embasada em teses muitas vezes desprovidas de qualquer tipo de fundamentação. Estas teses, protegidas por lacaios adestrados por interesses – ou pela própria burrice – faz com que a maioria não enxergue o óbvio. O que é ululante. O que grita em desacordo total ao que se fala.
Esse é o momento atual do Brasil. Temos um desgoverno total, praticado por pessoas que defenderam FERVOROSAMENTE o impeachment de Fernando Collor (por muito menos do que aquilo que estamos vendo agora, com uma vastidão de provas inarredáveis) que também pediram a saída de Fernando Henrique, e que agora afirmam que um movimento deste tipo não passa de um ato golpista.
Fomos vítimas de uma enorme fraude eleitoral, praticada tanto nas urnas quanto na campanha e nos discursos, alimentada e consolidada por tribunais aparelhados pelo “governo”.
Temos exércitos à nossa espreita, trazidos de países vizinhos, com quem o PT possui relações promíscuas e inconstitucionais, a fim de garantirem a “democracia” defendida pela situação.
Aliás, temos um “líder”, um ex-presidente (surgido do povão, um “batalhador” das classes menos privilegiadas) que CONVOCOU este exército para ir às ruas com o intuito de acabar com movimentos sociais legitimados não por um partido, ou por uma classe, mas pela ânsia de um povo que não aguenta mais servir banquetes alheios às custas de seu suor.
O “governo” não quer nossa aprovação, ele quer nossa aceitação e nosso medo. O “governo” não tem um projeto de país, tem um projeto de poder.
Ainda temos alguns “pensadores” e “analistas” (de balcão) que ignoram o Foro de São Paulo! Tomara que estas mentes brilhantes não necessitem pegar em armas um dia, nem mesmo para sua própria defesa. Tamanha idiotização certamente os impediria de também serem bons defensores – mesmo que da própria vida.
Não devemos confiar em partidos, devemos auxiliar pessoas. O PSDB, por exemplo, que tem em suas fileira o principal líder oposicionista, é uma  “água-morna” que jamais servirá de fervura para mudanças realmente necessárias. Não com essa postura de quem fica analisando os passos da história, esperando que a população faça por ele, aquilo que ele deveria ter por objetivo primeiro: defender seu povo e lutar pela total e mais limpa democracia possível.
E isso serve para TODOS os partidos. Aliás, a história mundial nunca teve grandes momentos (bons, eu digo) realizados pelas “mãos” de partidos ou grupos exclusivistas e com projetos que não visualizavam realmente o bem comum. Os melhores momentos da humanidade foram guiados por grandes líderes, por pessoas, que, por vezes, desafiaram seus grupos, foram contrários à doutrina pratica em seu meio, pois vislumbravam um bem maior, queriam melhorias para a coletividade. Muitos foram chamados de arruaceiros, de sonhadores, e até mesmo de bandidos.
Não confie em “esquerda” ou “direita”... sempre, a única coisa que SEMPRE existiu, é o poder. Quem o exerce e quem está “fora do jogo”. Situação e oposição, que um dia trocarão de lado. E o povo no meio.
Dizem que ser contrário ao que está posto, é ser golpista.
A democracia não se solidifica com aceitação total, não protagoniza uma nação submissa e jamais alcançará a todos enquanto for entendida a meio-termo, explicada aos sussurros e praticada conforme convém ou de acordo com interesses de minorias.
A democracia plena pode até ser inalcançável, mas é o grande sonho a ser perseguido, é a grande realização a ser buscada.
O processo de mudança cultural é enfadonho, custoso, penoso e, por vezes, cruel. Estamos passando por um mau momento, mas creio que seja necessário. Confio que possamos emergir melhores, mais capazes e com mais discernimento deste processo.  Quem sabe estejamos diante de uma espécie de “purificação”?
Só não podemos fugir aos meios necessários, nem deixar de utilizar aquilo de que dispomos atualmente. Fechar os olhos não é a solução. Ser covarde, também não.
 É preciso que aproveitemos esse “lava-jato” para começar as limpezas necessárias, tanto no Planalto, quanto no Congresso... assim, também chegaremos à podridão do Judiciário.


Me desculpem o mau jeito, mas eu sou golpista, sim senhor. Quero o Impeachment de Dilma. Se precisar, também vou querer o de Temer, de Eduardo Cunha e de Renan Calheiro e de quem mais se apresentar em tais "condições".

 Prefiro ser "golpista", pois não me presto para ser alienado, marionete ou covarde.