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segunda-feira, 13 de abril de 2015

REFLEXÃO POLÍTICA

Atualmente temos oposição no Brasil, mas infelizmente não temos ação.
Falta a liderança. Aquela definitiva, que vai à frente, mostra a cara e pauta os rumos... Aécio Neves parece estar paralisado, perdendo o trem da história para péssimos conselheiros... praticando uma teoria enfadonha e até mesmo repugnante. Um homem de fibra tem que fazer mais do que discursos de quintal. Marina Silva nunca será opção, uma vez que tem ideias tão instáveis quanto sua capacidade de articulação política. É triste ver um povo inteiro sedento de melhorias e justiça - na maioria das vezes, de coisas tão óbvias - tão órfão quanto está agora. Não há luz na democracia longe da política. Não há política que sirva melhor ao povo do que aquela que institua a real democracia.
E democracia não é sinônimo de inércia. Longe disso.
Líderes bisonhos, de "15 minutos de fama", estão esvaziando os desejos de mudança e implantando a desesperança no país. Parece até algo arquitetado "maquiavelicamente" para acabar com nosso "ímpeto guerreiro". A maioria dos políticos na forma que os conhecemos hoje, não dá a mínima para o que pensamos. Existe um grande jogo de cena, que nem é tão sutil assim. Nosso "representantes" escolhem um bode expiatório a cada semana e desviam as atenções do foco... e vamos marchando, qual gado para o matadouro. Lembramos da Dilma a cada momento, mas esquecemos do Renan, do Cunha, do Temer, do Levandowsky... do Lula!
Lembramos do PT, mas esquecemos do PMDB, que talvez seja o grande culpado por tudo de ruim que estamos vivendo nos tempos atuais. É inequívoco que existe um aparelhamento total e irrestrito. 
Esquecemos das urnas, embora a cada resultado elas pareçam gritar ainda mais: "tem fraudeee"! E isso já não está mais confinado nos potreiros do Brasil... a grita é geral! Mas somos cegos, surdos e mudos para isso... alguém jogou um feitiço muito forte em nossa capacidade de discernimento e percepção. Não vemos a realidade como ela é. Driblamos a verdade com gosto, sem olhar prá trás.
Quem não sabe para onde quer ir, vai ao sabor do vento... e o vento que sopra é o do engodo, da corrupção, da enganação e do "vamos permanecer no poder, custe o que custar"!
Estamos marchando contra o poder, mas estamos longe de assustá-lo... o poder não se intimida, ele é frio e calculista. Segue aumentando a tarifa da luz, a conta da água, a cesta básica... e nós pagamos e aceitamos, numa total incapacidade de sequer "espernear" junto ao MP, por exemplo. Mesmo que o MP NÃO FAÇA NADA, não deveríamos dar mais trabalho a ele? Quem sabe uma boa chacoalhada não fosse o suficiente para acordar este "defensor"?
Mas, com certeza, é possível contar nos dedos (do Lula) alguém que já tomou uma iniciativa verdadeira contra tudo que está acontecendo. 
As ruas querem mudanças, mas os que marcham por ela ainda não definiram seus rumos... e isso é assustador!
Às vezes penso que uma boa jogada de marketing pode mudar tudo... e a favor de quem não quer mudar (se)! Nosso direito de voto tem sido nosso castigo. Mas até isso é democrático. Só o poder não é.
(Imagem Google-autor desconhecido)


sexta-feira, 3 de abril de 2015

REFLEXÃO PASCAL


Só a sexta-feira é santa,
Os outros dias não são?
Jesus morreu para parir luz...
Por que persiste a escuridão?
Será que existem ironias
Na tal da ressuscitação?
Se todos somos filhos Dele
Por que há uns é negado o pão?
Ser Sua imagem e semelhança
É uma desvantagem, ou não?
Tudo parece estar na Bíblia
Mas por onde anda a razão?
Ou será que o Onipresente é “sádico”
Prá ver irmão matar irmão?
Ou tudo enfim, se justifica
Pelo que prega o Alcorão?
Será que a culpa só reside
Nos erros de interpretação?
E quando a fé já não funciona
De quem será a culpa, então?
E será que sofrerei castigos
Por esta dura reflexão?
Será correto, o livre-arbítrio
Servir só para a punição?
Há justiça para o enfermo
Não ter retorno na oração?
Por que os apelos pela vida
Se perdem na imensidão?
E o que dizer de quem se doa
E é renegado à solidão?
Será que tudo acaba mesmo
A sete palmos deste chão?
Se for assim, quanto de nós
Terão uma real motivação?
Tu me perdoa, meu Senhor
Por fazer tanta indagação?
Será que o medo da pergunta
Habita o fel da afirmação?
Torna mais doce a nossa estrada
Não se chegar à conclusão?
Os que nunca alcançam sonhos
De que lhes vale o coração?
Até a cruz valer seu peso
Quantas mães lamentarão?
Sou pecador, não creio em arca
Há como partir em inundação?
Aliás, meu Pai, porque crianças
Alimentam a voraz inanição?
Por que a seca bebe esperanças
E imprime fome à multidão?
Onde se encontra a misericórdia
Aos que se alimentam num lixão?
Se as drogas são tão nefastas
Por que permitir essa ilusão?
Será que um filho, merece o fardo
De ser senhor da salvação?
Por que desvios são campo aberto
E tão misteriosa é a orientação?
Pois então, agora é Páscoa
Mas qual é mesmo a missão?
Ah, meu Deus, desculpe a pena
Eu vou rezar, dê permissão!


Imagem da internet, autor desconhecido.

quarta-feira, 1 de abril de 2015

1/4 DE 2015

A correria tem sido grande... o projeto do livro, mais as tarefas cotidianas (e algum envolvimento na política) têm me tomado bastante tempo.
Mas é assim mesmo que tem que ser... "cabeça vazia, é oficina do capeta", como diziam os mais antigos.
É estranho, há uns dois anos atrás eu sequer imaginaria a possibilidade da publicar um livro. E de poesias, ainda, cuja dose de alma do autor sempre há de levar consigo.
Contudo, acho que não paro por aí. Tenho muitas ideias. Aliás, elas são tantas, que está sendo difícil organizá-las de uma forma mais racional, mais objetiva. Sempre tive esse problema, ideias em demasia. Ocorre que, no fim, muitas vezes acabo por não colocar nenhuma em prática. Mas ainda acho melhor tê-las. Conviver com uma mente árida não deve ser tarefa fácil.
Espero que o livro tenha boa aceitação. Isso certamente deverá nortear outros projetos que estão na pauta do futuro.

***

Sou a favor da redução da maioridade penal. Mas sou contra o que o sistema prisional tem feito com seres humanos, ainda que criminosos. Não é possível que tenhamos recuperação de pessoas ou reinclusão social por meio do sistema prisional/penal que o Brasil tem hoje em dia. Isso é mais do que condenar, é torturar, humilhar, denegrir as pessoas. Encarcerar pessoas em presídios que não apresentam a menor condição de abrigá-las, é simplesmente lavar as mãos. O Estado está buscando uma vingança social, sem importar-se com o futuro do País e dos cidadãos. Renegar um ser humano ao esquecimento, no inferno das escolas do crime não é racional, não é justo, não é correto.
Para que tenhamos a redução da maioridade penal, devemos primar por debates sérios, apartados do populismo barato, das questões eleitoreiras, da "média" que o Congresso está tentando fazer com a sociedade, a fim de melhorar uma imagem que talvez não tenha salvação.
Tratar um assunto complexo como esse de uma forma tão leviana é bem mais do que irresponsabilidade. É um crime também.

***

Quem tiver a fórmula para lidar com filhos adolescentes, favor me repassar, a coisa não é changa. 
A sensação de que se erra mais do que se acerta, é sombra sempre presente. Não há como escapar de um julgamento de consciência, onde não sabemos quem é juiz, réu, defesa, acusação ou, ainda, mera testemunha.
Algumas coisas poderiam ser mais fáceis. Nem tudo que é difícil, torna a conquista mais válida ou saborosa.

***

O mês de abril abriu suas porteiras, e já vamos fechando 1/4 do ano de 2015. O tempo passa depressa, e não tem muito dó de nada e nem de ninguém. Não podemos ficar estáticos. Ele nos requer sabedoria, no exige urgência, mas sem que tenhamos aquela pressa inconsequente, tão característica dos tempos modernos.
Precisamos ser atuais, mas sem queimar etapas. Não podemos esquecer de tudo o que aprendemos durante a nossa jornada. Devemos cultivar a arte de observar e aprender, observar e aprender. E isso não é fácil.
Aquilo que a boca expulsa rápido demais, nem sempre corresponde ao que a alma pretendia dizer... ou ao que ela efetivamente sente.
Às vezes - só as vezes - eu coloco fé na força do silêncio (meio que parafraseando o Gessinger). Só não abuso mais dele, porque também tenho medo. Ainda não descobri a medida correta entre falar e calar... via de regra, eu erro - ou exagero - na dose.
Mas quem nunca, não é mesmo? 
Vamos encaminhando nossas tropas de sonhos, cuidando prá não deixar nada extraviado... que Deus cuide para que elas cheguem bem ao seu destino, com mais ganhos do que perdas.