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domingo, 30 de novembro de 2014

CICLOS

Sempre digo que a vida é cíclica, em termos de bons e maus momentos. Não adianta espernear, maldizer, reclamar ou coisas desse tipo. É assim que ela é.
Nunca ouvi falar – e se ouvisse, não acreditaria – em alguém que tenha somente bons ou maus  momentos durante sua vida... até mesmo o mais penalizados dos seres ou o mais privilegiado deles, em algum momento, acredito, deve ter enfrentado essa verdade... a vida é cíclica. Logicamente, afasto destes pensamentos, ainda que com ressalvas, os casos extremos, onde uma pessoa nasce, cresce e morre sem alternativas.
Em minha vida, a verdade cíclica é inarredável... e aprender a lidar com ela é algo que tem se tornado natural, uma vez que acontece dentro de um processo insistente e irrefutável.
A poesia, o verso, a música, sempre estiveram presentes em minha vida. Mas aconteceram por minha mente e minhas “mãos” em um tempo em que considero recente. Afloraram quando eu já tinha uma idade que considero “avançada” para começar no meio artístico/poético/cultural.
Mas agradeço a Deus a oportunidade que tenho tido de fazer algo que eu realmente gosto, que é escrever, musicar e, de vez em quando, tentar enganar no canto.
Tenho feito grandes amizades no meio, embora meu temperamento não me permita a aproximação de alguns movimentos que talvez me trouxessem mais frutos, mas que, com certeza, não me deixariam mais feliz.
Sigo trilhando meus caminhos, com minha família, que é um esteio para que eu possa suportar estes ciclos da vida. Com meus amigos e irmãos, que me ajudam na adaptação e nas melhorias necessárias para enfrentar estes momentos...
Agradeço aos ciclos da vida, que têm me forjado, para o bem e para o mal. Espero que eu consiga sempre progredir no bem, pois é nele que reside o amor, a felicidade e tudo aquilo que necessitamos para nossa prosperidade, crescimento e avanço enquanto seres humanos... é nele que residem o verdadeiros caminhos para a evolução da alma.

Caine Teixeira Garcia

Bagé/RS, 30/11/2014.














terça-feira, 25 de novembro de 2014

TEMPOS DIFÍCEIS



Que tempos são estes em que cada um enxerga o que bem entende e o que lhe convém, sempre? Quando parece que certo e errado mergulharam no escuro e profundo poço da subjetividade, sem previsão de retorno à superfície?
Quando percebemos que ética e moral, conceitos e atitudes tão fundamentais à nossa condição humana e social, deixaram de habitar nossas mentes, espíritos e corações, transformando-se em nada mais do que vagas memórias de um “lugar” distante, resta uma desconcertante conclusão: certamente estamos vivendo tempos difíceis.
Cada vez mais o caráter da humanidade torna-se capaz de uma rápida adaptação a toda e qualquer circunstância, sendo de uma flexibilidade perigosa e aviltante. E tudo isso, sem deixar indícios de que possua algum constrangimento em não ter a menor vergonha.
Não creio que ainda existam dúvidas quanto ao que é, de fato, mais importante no mundo  atual: ser, ou ter.
Enquanto Deus se transforma cada vez mais em uma peça decorativa em paredes e adornos de templos, Seu nome vai sendo utilizado como mola propulsora para o exercício degradante do deboche, da exploração e da ganância... vide o excesso de dízimos e a proliferação de pastores e igrejas, além das não menos estarrecedoras “guerras santas”.
A política, que poderia nos levar a um mundo melhor, foi ferida de morte em algum momento, tendo assumido em seu lugar algo que, nem de perto, se assemelha com a mais nobre arte e ciência humana...
Por pessimista, prevejo um futuro não muito auspicioso. Pressinto uma falta de amor e caridade absorvendo e envolvendo nossos dias, de forma derradeira e inevitável. A falta de solução para isso, é a solução que não queremos, mas que está posta.
Por otimista, sei que não verei e nem vivenciarei tudo que ainda está por vir. E sei que isso talvez seja tão somente um pessimismo disfarçado.
Contudo, careço de tempo para poder compreender esses tempos em que a fé não move mais montanhas, mas a falta dela, sim.
Pela existência de uma total ausência de alternativas, tenho pressa... e, para meu desgosto, me demoro nela.

Caine T. Garcia, Bagé/RS - 25/11/14.
Imagem da internet. Google.



domingo, 23 de novembro de 2014

POVO DO PAMPA


Baita parceria com o poeta Alex Silveira, interpretada por Daniel Cavalheiro, 2º lugar na 11ª Galponeira de Bagé!!




segunda-feira, 17 de novembro de 2014

AGRIDOCE



Algumas pessoas possuem dificuldades para serem "doces". Confesso que eu sou uma delas. Não sou como as laranjas, que após as geadas, adoçam o sabor. Os invernos me trazem inevitável amadurecimento, mas quase nada de doçura... não tem jeito.
Alguns até dizem que os esforços que envido na tentativa de ser doce e gentil são engraçados (por engraçados, leêia-se patéticos).
Coisa triste isso. Uma pessoa sem doçura. Ou que é doce, mas não consegue externar. Talvez eu tenha que revisitar estas planuras durante mais algumas reencarnações, até conseguir melhorar esta minha falta de magia.
A pessoa doce é encantadora, é gentil. Seu sorriso abre portas, enfeitiça o universo ao seu redor, embora isso nem sempre lhes dê a garantia de um bom tratamento ou de justiça com os seus atos. Às vezes, isso pode até inspirar e promover um certo  prevalecimento por parte de pessoas desprovidas de bom senso... ou amargas.
Bah. Eu não sou doce. Mas também não creio que seja uma pessoa amarga, dessas que sempre acham tudo ruim, que ninguém presta, ou que o mundo todo a todo momento tem planos para derrubá-la. Com certeza eu não sou assim.
O problema é que meus olhos insistem em enxergar coisas ruins e presenciar atitudes incorretas e descabidas a todo o momento. Não tenho dúvidas de que sou uma pessoa chata.
Eu sou crítico. Eu sou enjoado. Eu sou exigente. Eu sou meio pessimista e descrente em algumas coisas. Não consigo flertar com a omissão e o desequilíbrio que os muros trazem a quem insiste em viver em cima deles, efetivamente não me agrada. Bah. E eu sou teimoso.
São muitas as minhas “invirtudes”... e bem raras as minhas qualidades. Mas atentem para o fato de que reconhecer isso já é algo promissor.
Mediante o que escrevi, alguém exercitará o raciocínio no sentido de afirmar que sou sim, uma pessoa amarga. Afinal, não consegui escrever algo convincente em contraponto a este pensamento.
Pois bem. Em minha defesa, eu defendo a tese de que só não gostam de pessoas doces aquelas criaturas que são amargas. No meu caso, eu gosto muito de pessoas doces. Podemos fartar nossos espíritos com a presença delas, já que a alma não sofre de diabetes.
Deus abençoe a doçura na humanidade e me permita o convívio com pessoas afáveis. Aos poucos, vou facilitando os abraços e adoçando a existência.
Eu não sou amargo. Talvez esteja no estágio agridoce... em evolução.
E que toda doçura seja perdoada...

Caine T. Garcia
Bagé/RS, 17/11/2014



segunda-feira, 10 de novembro de 2014

DIFÍCIL ACESSO



Assim como penso ser necessário caminhar em busca de novos horizontes, saindo de nossa zona de conforto e não fugindo aos enfrentamentos cotidianos, também entendo que se faz primordial o descanso, o repouso, o retiro e a reflexão.
Até os maiores e mais poderosos comandantes de exércitos e nações, durante as mais aguerridas batalhas militares ou políticas, necessitam de períodos de trégua e calmaria, de momentos de incólume quietude.
A carga absurda de informações que recebemos nos dias de hoje, praticamente nos exigem respostas quase que imediatas, com considerações inevitavelmente instantâneas. Isso nos furta um pouco – ou muito – o poder de apreciação e de análise.
Por isso, a importância de se respirar um pouco e desacelerar a alma e o coração...de cuidar da mente e também do corpo.
Alguns minutos preciosos de paz são capazes de evitar longos períodos de arrependimento e frustrações. Minimizam a chance de enganos, avaliações e atitudes desnecessárias.
É inarredável a necessidade de rompermos estes ciclos vorazes de notícias, conhecimentos, novidades e dúvidas dos quais somos vítimas em nosso dia a dia. Evitar esse turbilhão de sentimentos que nos assola impiedosamente a todo instante, seja no formato real ou, ainda, na modalidade virtual é um compromisso a ser assumido com nossa integridade física e espiritual. A maioria destas coisas nos afasta de algo que talvez seja o mais essencial em nossas vidas: vivermos como pessoas do bem e em harmonia com o mundo que nos cerca.
A paz de espírito certamente nos remete a um estágio bem mais avançado do nosso ser, onde vislumbramos tudo com mais clareza, mais parcimônia e mais bondade. E aqui me refiro, talvez de maneira não tão óbvia a todos, a uma bondade externada e praticada não somente para com os outros mas, muito especialmente, para conosco, com nossa essência.
Confesso que vislumbro a serenidade, neste nível em que falo, como um momento extremamente raro. Mas garanto que ela existe. E geralmente está ali, nas varandas dos nossos silêncios, sem dizer nada, mas falando tudo aquilo que necessitamos ouvir. Ela transita em nossos corredores da alma e da mente, esperando ser percebida, aguardando um “seja bem-vinda”!
Escalar o nosso eu para vislumbrar o universo do qual fazemos parte, lá do alto de nossas tão “insignificantes” humanidade carnal e evolução espiritual, exige que estejamos despidos das tantas emoções impuras para as quais perdemos batalhas diárias, muitas das vezes, sem nem ao menos lutar.
Este é um processo gratificante, quando efetivamente conseguimos realizá-lo. A vida tem pressa, tem sede de tempo... mas não podemos deixar com que ela nos atropele assim, sem mostrar a mínima resistência. E a grande verdade é que, em muitas das vezes, a maior resistência é não resistir. É deixar fluir, é seguir o curso, contribuindo, agregando, somando, semeando...
Contraditório? Não sei... tenho amigos sábios que afirmam que muitas contradições e problemas talvez estejam tão somente na face emburrada, no olhar mal-humorado e nos ouvidos moucos de quem não faz retiros de si, em si e para si.
Eles sempre dizem que é bom acampar nas planuras da alma... que depois de um trajeto espinhoso, chegar lá vale a pena. Me contam que por lá o dia é sempre lindo e o tempo é sempre bom...
Mal sabem eles que eu já estive lá... e que por várias vezes visitei estes recantos de mim... o problema é que o esquecimento destes caminhos é recorrente.
Não tenho tido oportunidade de debater este assunto com eles, pois toda vez que nos vemos na rua acabamos por marcar um churrasco que jamais se concretiza. Sempre tem algo que atrapalha... até a grama alta já serve de motivo para “azedar” o assado.
...acabou de chegar um e-mail, ao mesmo tempo em que tocava o celular e enquanto e eu me espantava com os valores de algumas faturas mensais...
Vou parar de escrever. Estas já linhas já se tornaram eivadas de impropriedades ou verdades não significativas... o assunto ficou meio utópico e demagógico. Acho que até deprimente. Enquanto descanso, vou aproveitar para dar uma lida em alguns documentos que pautarão a reunião de amanhã.
Ó!!! Parece que me chamaram lá na sala... mas não deve ser algo muito importante... essa piazada tá sempre em função...
...acho que eu tinha parado na página 48... tenho andado sem tempo para visitas ou retiros... ainda mais em lugares de difícil acesso...
Até a próxima!

Caine T. Garcia - 10/11/14.
 

terça-feira, 4 de novembro de 2014

UM NACO DE POESIA

Cumprir um destino é certo
- mas é tão incerta a jornada...
Se a vida repreende os sonhos
O que então, se estende aos olhos
- de quem desafia a solidão
Não dá pasto ao coração
Por ser chão, poeira e... mais nada....


   



segunda-feira, 3 de novembro de 2014

O POVO QUER MUDANÇA DE VERDADE

A ampla maioria da mídia, com exceção da VEJA, tem tentado desacreditar os movimentos e as manifestações que estão ocorrendo em todo o país, contra as possíveis fraudes ocorridas nestas eleições e contra a manutenção do projeto de poder do Partido dos Trabalhadores. E aqui me permito fazer uma crítica, não ao PT, mas ao PSDB, que tem sido DECEPCIONANTE enquanto investido de real oposição, nas questões a que ora me refiro.Enquanto Aécio Neves Aécio Brasil mostrou muita dignidade e combatividade durante todo o pleito, lutando inclusive contra o fogo amigo em suas bases, o seu partido agora faz um papelão, se dobrando, se "acadelando" ao TSE e à uma justiça que hoje, encontra-se praticamente toda ela aparelhada pelo PT. A reivindicação é legítima, muito mais da metade das pessoas OFICIALMENTE não votaram em Dilma e as redes sociais estão inundadas de provas cabíveis para anulação - ou no mínimo recontagem de votos - destas eleições. Me impressiona o fato das pessoas acharem que estamos numa democracia muito boa, enquanto não procuram, sequer, informações sobre o famigerado FORO DE SÃO PAULO e as ligações escusas de nosso País com regimes totalmente ditadores, comunistas e indesejáveis, como Cuba, Venezuela, etc. Agora estão dizendo que o Brasil não é a Venezuela, que devemos confiar nas instituições. Este é mais um argumento utilizado para inverter a situação. Logicamente, o Brasil não é a Venezuela: ainda!!! Mas está fazendo força para alcançar o mesmo patamar deste país, e o povo tem ajudado bastante.Democracia não combina com conformismo... o fato de podermos realizar manifestações não ratifica um sentimento democrático. Ao contrário, pode ser a primeira demonstração de que algo realmente não vai bem. Ignorar e desfazer disso só pode vir de três tipos de fontes: dos acomodados, dos alienados e dos que se beneficiam disso. As contradições são muitas durante todo esse processo. As pessoas engoliram bilhões de reais em desvios, desmandos, bilhões em obras inacabadas... aguentaram aparelhamento e uso de estatais na campanha da situação, além de discursos de segregação e ameaças, mas ficaram bravas quando souberam de um aeroporto sobre o qual a justiça até o momento não comprovou ilegalidades,ou quando um candidato reagiu legitimamente contra a "Presidenta", que durante toda a eleição usou mão de uma campanha vexatória, impregnada de mentiras e quebrando regras de todas as formas. Ele foi deselegante com ela ao chamá-la de leviana (a maioria nem entendeu o que ele quis dizer), mas o PT "patrolou" a Marina Silva e ficou por isso mesmo. As pessoas acham certo adotarmos as urnas eletrônicas (COMPROVADAMENTE FALHAS), enquanto os grandes países e economias mundiais as rejeitam. Talvez, porque o Brasil não seja um dos países mais corruptos do mundo. Convenhamos: quem apoiou esse tipo de coisa e não se insurgiu, não tem muita moral para achar que os outros tem que "respeitar a Democracia". Em suas cabeças, deve imperar o pensamento do Millôr: "Democracia é quando EU mando em você, ditadura é quando VOCÊ manda em mim". Assim é fácil. Abafar a opinião dos outros sem discussão. A situação tem criticado veementemente a VEJA (desde sempre), por entender que ela somente bate no seu partido. Contudo, esquecem de citar que Estadão e Exame, por exemplo, são mídias totalmente favoráveis ao Governo, vez que repercutem de forma diminutiva e totalmente tendenciosa TODA e QUALQUER notícia que desfavoreça o PT e seus aliados.
Mas parece que muitos não enxergam isso tudo. Aldous Huxley tem uma frase que me parece apropriada para este momento: “A ditadura perfeita terá as aparências da democracia, uma prisão sem muros na qual os prisioneiros não sonharão com a fuga. Um sistema de escravatura onde, graças ao consumo e ao divertimento, os escravos terão amor à sua escravidão". Que triste isso.
As pessoas enganam-se a tal ponto de achar que o que estão fazendo é correto, apostando em um governo mentiroso, que em CINCO DIAS simplesmente, sem a menor cerimônia, tratou de fazer tudo aquilo que jurou de pés juntos que não faria. E isto não é mentira minha, está nos noticiários.
Esse mundo só pode estar do avesso mesmo. Os que pregam democracia e oportunidades, não fazem a lição de casa. Estão avalizando a segregação no país, a imposição das minorias, a corrupção total e o vale-tudo, sem qualquer chance de oxigenação. Estão plantando algo que, provavelmente, terá reflexos perversos para seus legados sanguíneos.
O PSDB parece um partido amedrontado, com medo das represálias. Que pena, pois tem um grande líder e um povo inteiro sedento de mudanças, embora muitos tenham acreditado que essas mudanças viriam de "mais do mesmo".
No meu ver, ainda acredito que elas virão. Mas não pelas mãos de um partido que não nos represente, mas pela coragem e audácia de alguém que tenha entendido estes sentimentos que hoje pulsam - e não calam - em todo o Brasil.
Eu sou Caine, e meu partido é a MUDANÇA, ainda que ela demore, ainda que seja falha, ainda que precisemos exercitar a paciência e sofrer um pouco mais.
E tenho certeza que muitos também pensam isso. Não somos mais os mesmos eleitores, somos mais aguerridos e muitos estão buscando o esclarecimento e fazendo valer suas opiniões e seu espírito democrático.
Me resta uma certeza: o começo da mudança, é tirar o PT do governo.
Difícil, mas simples assim.
Senadores Alvaro Dias e José Serra, com discursos bonitos, não se faz novos caminhos, sem combatividade, não alcançamos novos horizontes. Tenham mais fibra e honrem os votos recebidos, assim como também deve fazer o Geraldo Alckmin...
Façam valer suas calças e seus cargos, dados pelo povo.