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segunda-feira, 28 de março de 2016

O TEMPO DA VITÓRIA




Qual será o tempo da nossa vitória, afinal?

Essa é uma pergunta que nos fazemos seguidamente. De forma consciente ou não. Especialmente quando traçamos uma meta, um objetivo. Ou, ainda que não tenhamos uma busca específica por algo, simplesmente nos perguntamos: quando as coisas começarão a dar certo? Quando serei um vencedor?

Muitas vezes ignoramos – ou fingimos ignorar - que o sucesso de nossa caminhada está diretamente atrelado à nossa dedicação, ao nosso empenho, à nossa luta. Essa é uma realidade indelével. Atemporal.

Por óbvio, existe uma série de fatores alheios à nossa vontade que, muitas vezes, dificultam nossa jornada e tornam-se obstáculos aos nossos intentos. Mas e naquilo que depende de nós? Estamos fazendo nossa parte? Estamos focados, temos trabalhado e nos dedicado o suficiente?

De forma recorrente, eu leio nas redes sociais, além de escutar por aí, o seguinte: “O tempo de Deus não é o nosso tempo”... “Aguarde e confie”...

Acho até que isso pode ser verdade, mas não creio que essas sentenças devam ser utilizadas como subterfúgio para falta de empenho ou dedicação. Para esmorecimento e inércia. Bem ao contrário. Deus certamente deve preferir aqueles que “fazem por onde”!

Na maioria das coisas, o tempo de Deus é exatamente o nosso tempo. Tenho certeza que Ele não nos criou para a derrota, para o fracasso. Se temos saúde, por escolha Dele, é porque temos as condições necessárias para produzirmos nossos êxitos. Agradeçamos, então.

Deixemos os mistérios e as divagações de lado, trabalhemos com a realidade.

O tempo de nossa vitória é agora. É hoje. É o presente.

Estarmos vivos é a prova cabal dessa minha afirmação. Todo dia temos a oportunidade de caminhar um pouco mais na direção daquilo que almejos, daquilo que nos faz bem. Cada amanhecer nos dá a liberdade de escolher: estagnação ou avanço?

Avançar sempre. Ainda que devagar. Apesar dos tropeços. Em meio à tempestade. Repouso ou parada somente para tomar impulso. Quando percebermos, estaremos tão adiante daqueles que se quedaram em reclamações e desânimo que sequer acreditaremos o quanto esperamos para sermos felizes. Para alcançarmos nossa tão almejada vitória.

E ninguém está afirmando que será fácil. Não nos deixemos abater pelas forças contrárias. Muitos haverão de tornarem-se fardos em nossa trajetória. Tentarão abater nossa fé, por inveja, incapacidade ou por simples maldade.


A esses, dediquemos somente o tempo e a força necessárias para blindar nosso espírito de suas más influências e de sua negatividade. 
Ninguém vence sem correr riscos. Vencer sem riscos é triunfar sem glórias, como já disse Pierre Corneille.
Não precisamos de nada que não nos faça bem. Assim, evitemos e nos livremos de todo e qualquer mal ou “peso morto”. Guardemos espaço para os nossos, para aqueles que agregam amor, carinho e lealdade à nossas vidas.

Nós somos a própria vitória. Existimos. E persistimos. E haveremos de conseguir.

As grandes vitórias se originam de uma, em especial: a vitória sobre nós mesmos.

Vejam, por exemplo, que aquilo que a grande maioria das pessoas chama de sorte,  na verdade se trata de obstinação, empenho, dedicação, força de vontade.

Oscar Schmidt, nosso lendário jogador de basquete, sempre dizia àqueles que o criticavam com ironia, ou que desmereciam seu talento e desempenho nas quadras, o classificando como sortudo: “Quanto mais eu treino, mais sorte eu tenho”.

Nossa vitória é todo dia. Na exata medida de nossa fé e empenho. Do exato tamanho de nossa dedicação. Chegar a um ponto específico, nada mais é do que o resultado de nossa perseverança. Daquilo que construímos durante nossa caminhada. Ela é construída aos poucos, na soma de nossas atitudes, sendo consequência de nossas escolhas e renúncias. Muitas vezes, nasce da soma de muitas derrotas.

Vencemos a todo momento. Somos vencedores natos. Assim, quando alcançarmos um sonho, trataremos logo de buscar outro, e mais outro e mais outro. Porque nascemos para vencer! Esse é o nosso destino. Quem para de sonhar, já não vive.

A vitória sempre será nossa. Sempre foi.  A questão é: temos consciência disso?

Imagem retirada da internet, autoria desconhecida. (google)



sábado, 26 de março de 2016

FÉ EM TI!

Sempre, em qualquer tempo, em qualquer lugar, haverá alguém contra ti, atuando nas sombras! Nessa hora exata, não valerá o teu talento, a tua bondade, a tua história e nem os teus valores. A intenção de impedir que tu prossigas, que tu prosperes, será maior que a verdade! Agirão contra ti e te abraçarão, e serão solidários em teu insucesso. Contudo, o que esses seres sombrios não entendem, é que o talento, a lisura e a bondade possuem primazia sobre a inveja e a má intenção. Os de bom coração possuem luz própria. Portanto, não te abatas. Caminharás leve e vitorioso nos caminhos que um dia te foram negados pelos ímpios e invejosos, enquanto eles terão que dormir em travesseiros espinhosos e conviver com a indignidade de serem quem são.
Fé na tua estrada e em ti! Sempre!

terça-feira, 8 de março de 2016

BATISMOS DE LUA



Por ter batismos de lua

Não raro também sou luar

Carrego cisma e feitiço

Neste meu jeito lunar

Que singra escuros de noite

E as madrugadas sem par

... A beber pampa e horizontes

Nas fontes do versejar...



Com cascos amolecidos

- De sereno - o meu cavalo

Sabe dos quatro motivos

Que habitam os céus do pago

A lua me inspira versos

Conhece as ânsias que trago

Velando sonho e segredos

E as inquietudes que calo

Assim que a dama prateia

Campo e sanga onde navego

A alma, que é prisioneira

Dos versos - a quem me entrego

Rebenta qualquer maneia

Pro sonho enfim, ser liberto

E a própria lua me beija

Pra o poema ser completo.



Por ter batismos de lua

Sonho nela me encontrar

Sangrando vida e poesia

Mesmo em noites sem luar

E quando um dia, eu me for

Os meus versos vão contar

Que parti em quatro luas

Que sempre trouxe no olhar!


quinta-feira, 3 de março de 2016

DE QUEM MATEIA SÓ



Na maioria das vezes, matear sozinho, a meu ver, é um ato de respeito. Respeito consigo, respeito para com os outros.

Bem sei que ao falarmos em mate, em chimarrão, de pronto já pensamos em algo coletivo, em comungar, em compartilhar, em confraternizar, em união. Contudo, há momentos em que o mate se apresenta para o indivíduo de uma forma diferente, uma maneira de exercitar a autocrítica, uma oportunidade para alguns instantes de reflexão interior.

E às vezes é tão somente uma simples válvula de escape.

Há quem não entenda isso.

Algumas pessoas têm essa mania – que para mim é um defeito gravíssimo – de achar que os outros não podem viver um breve momento de retiro, um pequeno período de isolamento. E muitas ainda fazem caras e bocas e rotulam essa atitude como estranha.

Pior: alguns ficam na volta do vivente, como mosca em tampa de xarope, fazendo questionamentos inócuos ou de olhos vidrados no cristão, talvez tentando adivinhar qual dos dois milhões de motivos que passam por sua cabeça que realmente se encaixa na situação da pessoa que está ali, buscando única e exclusivamente um instante simples, de serenidade, de encontro com uma paz personalíssima.

Não é fácil.

O mate é um momento sagrado, seja ele compartilhado ou não.

Tanto em uma roda de mate quanto em um matear solitário, temos momentos importantíssimos para a coletividade e para o indivíduo. No primeiro, experimentamos a aproximação, o benefício comum, a entrega e a interação. No segundo, uma dedicação com o aprimoramento pessoal, a busca mais interna, a paz espiritual.

Como vemos, embora distintos, ambos os momentos são importantes, demonstram respeito e capacidade de envolvimento com tudo aquilo que nos cerca.

Logicamente, este é um exercício de reflexão que leva em conta pessoas “normais”. Ou seja, não estou aqui defendendo uma tese baseada em indivíduos demasiadamente egoístas, com egos gigantescos, nem tampouco analisando possíveis atitudes de pessoas que buscam a solidão como forma de punição para si ou para os outros, por meio de engendramentos perversos que ocorrem em mentes não menos problemáticas.

O raciocínio é exercido em cima de vivência, convivência, aprendizado e observação.

Portanto, não julguem aquele que mateia só. Não o menosprezem. Não o castiguem com falsas afirmações ou premissas. Ele tem suas razões.

Quem nunca?

(IMAGEM DA INTERNET/GOOGLE - autor desconhecido)