Por ter batismos de lua
Não raro também sou luar
Carrego cisma e feitiço
Neste meu jeito lunar
Que singra escuros de noite
E as madrugadas sem par
... A beber pampa e horizontes
Nas fontes do versejar...
Com cascos amolecidos
- De sereno - o meu cavalo
Sabe dos quatro motivos
Que habitam os céus do pago
A lua me inspira versos
Conhece as ânsias que trago
Velando sonho e segredos
E as inquietudes que calo
Assim que a dama prateia
Campo e sanga onde navego
A alma, que é prisioneira
Dos versos - a quem me entrego
Rebenta qualquer maneia
Pro sonho enfim, ser liberto
E a própria lua me beija
Pra o poema ser completo.
Por ter batismos de lua
Sonho nela me encontrar
Sangrando vida e poesia
Mesmo em noites sem luar
E quando um dia, eu me for
Os meus versos vão contar
Que parti em quatro luas
Que sempre trouxe no olhar!
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