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quarta-feira, 1 de abril de 2015

1/4 DE 2015

A correria tem sido grande... o projeto do livro, mais as tarefas cotidianas (e algum envolvimento na política) têm me tomado bastante tempo.
Mas é assim mesmo que tem que ser... "cabeça vazia, é oficina do capeta", como diziam os mais antigos.
É estranho, há uns dois anos atrás eu sequer imaginaria a possibilidade da publicar um livro. E de poesias, ainda, cuja dose de alma do autor sempre há de levar consigo.
Contudo, acho que não paro por aí. Tenho muitas ideias. Aliás, elas são tantas, que está sendo difícil organizá-las de uma forma mais racional, mais objetiva. Sempre tive esse problema, ideias em demasia. Ocorre que, no fim, muitas vezes acabo por não colocar nenhuma em prática. Mas ainda acho melhor tê-las. Conviver com uma mente árida não deve ser tarefa fácil.
Espero que o livro tenha boa aceitação. Isso certamente deverá nortear outros projetos que estão na pauta do futuro.

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Sou a favor da redução da maioridade penal. Mas sou contra o que o sistema prisional tem feito com seres humanos, ainda que criminosos. Não é possível que tenhamos recuperação de pessoas ou reinclusão social por meio do sistema prisional/penal que o Brasil tem hoje em dia. Isso é mais do que condenar, é torturar, humilhar, denegrir as pessoas. Encarcerar pessoas em presídios que não apresentam a menor condição de abrigá-las, é simplesmente lavar as mãos. O Estado está buscando uma vingança social, sem importar-se com o futuro do País e dos cidadãos. Renegar um ser humano ao esquecimento, no inferno das escolas do crime não é racional, não é justo, não é correto.
Para que tenhamos a redução da maioridade penal, devemos primar por debates sérios, apartados do populismo barato, das questões eleitoreiras, da "média" que o Congresso está tentando fazer com a sociedade, a fim de melhorar uma imagem que talvez não tenha salvação.
Tratar um assunto complexo como esse de uma forma tão leviana é bem mais do que irresponsabilidade. É um crime também.

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Quem tiver a fórmula para lidar com filhos adolescentes, favor me repassar, a coisa não é changa. 
A sensação de que se erra mais do que se acerta, é sombra sempre presente. Não há como escapar de um julgamento de consciência, onde não sabemos quem é juiz, réu, defesa, acusação ou, ainda, mera testemunha.
Algumas coisas poderiam ser mais fáceis. Nem tudo que é difícil, torna a conquista mais válida ou saborosa.

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O mês de abril abriu suas porteiras, e já vamos fechando 1/4 do ano de 2015. O tempo passa depressa, e não tem muito dó de nada e nem de ninguém. Não podemos ficar estáticos. Ele nos requer sabedoria, no exige urgência, mas sem que tenhamos aquela pressa inconsequente, tão característica dos tempos modernos.
Precisamos ser atuais, mas sem queimar etapas. Não podemos esquecer de tudo o que aprendemos durante a nossa jornada. Devemos cultivar a arte de observar e aprender, observar e aprender. E isso não é fácil.
Aquilo que a boca expulsa rápido demais, nem sempre corresponde ao que a alma pretendia dizer... ou ao que ela efetivamente sente.
Às vezes - só as vezes - eu coloco fé na força do silêncio (meio que parafraseando o Gessinger). Só não abuso mais dele, porque também tenho medo. Ainda não descobri a medida correta entre falar e calar... via de regra, eu erro - ou exagero - na dose.
Mas quem nunca, não é mesmo? 
Vamos encaminhando nossas tropas de sonhos, cuidando prá não deixar nada extraviado... que Deus cuide para que elas cheguem bem ao seu destino, com mais ganhos do que perdas.


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