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sexta-feira, 3 de abril de 2015

REFLEXÃO PASCAL


Só a sexta-feira é santa,
Os outros dias não são?
Jesus morreu para parir luz...
Por que persiste a escuridão?
Será que existem ironias
Na tal da ressuscitação?
Se todos somos filhos Dele
Por que há uns é negado o pão?
Ser Sua imagem e semelhança
É uma desvantagem, ou não?
Tudo parece estar na Bíblia
Mas por onde anda a razão?
Ou será que o Onipresente é “sádico”
Prá ver irmão matar irmão?
Ou tudo enfim, se justifica
Pelo que prega o Alcorão?
Será que a culpa só reside
Nos erros de interpretação?
E quando a fé já não funciona
De quem será a culpa, então?
E será que sofrerei castigos
Por esta dura reflexão?
Será correto, o livre-arbítrio
Servir só para a punição?
Há justiça para o enfermo
Não ter retorno na oração?
Por que os apelos pela vida
Se perdem na imensidão?
E o que dizer de quem se doa
E é renegado à solidão?
Será que tudo acaba mesmo
A sete palmos deste chão?
Se for assim, quanto de nós
Terão uma real motivação?
Tu me perdoa, meu Senhor
Por fazer tanta indagação?
Será que o medo da pergunta
Habita o fel da afirmação?
Torna mais doce a nossa estrada
Não se chegar à conclusão?
Os que nunca alcançam sonhos
De que lhes vale o coração?
Até a cruz valer seu peso
Quantas mães lamentarão?
Sou pecador, não creio em arca
Há como partir em inundação?
Aliás, meu Pai, porque crianças
Alimentam a voraz inanição?
Por que a seca bebe esperanças
E imprime fome à multidão?
Onde se encontra a misericórdia
Aos que se alimentam num lixão?
Se as drogas são tão nefastas
Por que permitir essa ilusão?
Será que um filho, merece o fardo
De ser senhor da salvação?
Por que desvios são campo aberto
E tão misteriosa é a orientação?
Pois então, agora é Páscoa
Mas qual é mesmo a missão?
Ah, meu Deus, desculpe a pena
Eu vou rezar, dê permissão!


Imagem da internet, autor desconhecido.

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