Só a
sexta-feira é santa,
Os
outros dias não são?
Jesus
morreu para parir luz...
Por
que persiste a escuridão?
Será
que existem ironias
Na
tal da ressuscitação?
Se
todos somos filhos Dele
Por
que há uns é negado o pão?
Ser
Sua imagem e semelhança
É
uma desvantagem, ou não?
Tudo
parece estar na Bíblia
Mas
por onde anda a razão?
Ou
será que o Onipresente é “sádico”
Prá
ver irmão matar irmão?
Ou
tudo enfim, se justifica
Pelo
que prega o Alcorão?
Será
que a culpa só reside
Nos
erros de interpretação?
E
quando a fé já não funciona
De
quem será a culpa, então?
E
será que sofrerei castigos
Por
esta dura reflexão?
Será
correto, o livre-arbítrio
Servir
só para a punição?
Há
justiça para o enfermo
Não
ter retorno na oração?
Por
que os apelos pela vida
Se
perdem na imensidão?
E o
que dizer de quem se doa
E é
renegado à solidão?
Será
que tudo acaba mesmo
A
sete palmos deste chão?
Se
for assim, quanto de nós
Terão
uma real motivação?
Tu
me perdoa, meu Senhor
Por
fazer tanta indagação?
Será
que o medo da pergunta
Habita
o fel da afirmação?
Torna
mais doce a nossa estrada
Não
se chegar à conclusão?
Os
que nunca alcançam sonhos
De
que lhes vale o coração?
Até
a cruz valer seu peso
Quantas
mães lamentarão?
Sou
pecador, não creio em arca
Há
como partir em inundação?
Aliás,
meu Pai, porque crianças
Alimentam
a voraz inanição?
Por
que a seca bebe esperanças
E
imprime fome à multidão?
Onde
se encontra a misericórdia
Aos
que se alimentam num lixão?
Se
as drogas são tão nefastas
Por
que permitir essa ilusão?
Será
que um filho, merece o fardo
De
ser senhor da salvação?
Por
que desvios são campo aberto
E
tão misteriosa é a orientação?
Pois
então, agora é Páscoa
Mas
qual é mesmo a missão?
Imagem da internet, autor desconhecido.
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