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segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

O MUNDO CHATO


Existe um mundo chato, que tem se apropriado de nossos dias. Nesse mundo surreal, tentam nos convencer que é pecado ser feliz, que é feio brincar, que é politicamente incorreto tirar onda dos amigos e adversários (no bom sentido).
Esse mundo chato se utiliza do mundo real, onde somos usurpados e achincalhados dia após dia, para afirmar que devemos abrir mão de momentos por vezes fugazes de felicidade, em prol de uma tristeza eterna. Como se já não tivéssemos motivos suficientes para estarmos tristes. Que bom que encontramos a felicidade e a alegria em coisas que permeiam essa mescla de mundo chato e mundo real. Torcermos para um time de futebol ou vibrarmos com disputas musicais, por exemplo, não nos torna cegos, incapazes ou submissos a nada. Pelo menos, não a maioria. Ao contrário, demonstra uma capacidade ímpar de buscar alegria e motivação apesar dos pesares. Isso não tira nossa índole para o bem e muito menos diminui nosso espírito de luta e nossa vontade viver mais e melhor. Queremos um mundo mais justo e humano, mas não é preciso que para isso abdiquemos de nossa capacidade plena de amar e nos entregar por aquilo que nos faz algum sentido, por bobo que possa parecer. Jogadores e cantores, novamente exemplificando, não são nossos grandes heróis e nem modelos de vida. Simplesmente são pessoas que despertam em nós o bom de nossas emoções, em 99% dos casos e situações. A ampla maioria das pessoas opta viver pelo bem e de forma digna. E só querem um pouco de paz e alegria. Usar o mundo real para colocar as pessoas dentro de um mundo chato, onde as regras são ridículas e diminuidoras de personalidades, de fato não é justo. Não é legal. Tampouco humano. Torcer é bacana. Vibrar é massa. Brincar, zoar, curtir, é da essência da felicidade. A hipocrisia não deve vencer o bom senso. O resto é mimimi de segunda.

Foto: mateus Bruxel / Agencia RBS

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