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quarta-feira, 30 de novembro de 2016

Mundo amigo?

Nos momentos mais difíceis, o que mais me impressiona sempre, é que o mundo não para. Ele segue adiante, não tem dó.
Quando converso com as pessoas, tenho - e colho - a sensação de que se algo de ruim acontecer um dia, o mundo estará à disposição para ajudar, as pessoas serão solícitas, as coisas não serão tão difíceis, haverá amparo e guarida. Haverá uma saída sem traumas.
Mas, por experiência, sei que isso não é verdade. A importância que se dá a dor alheia é muito fugaz... às vezes, dura menos que um quarto de hora.
Muitas vezes, a importância é dada na exata medida em que nossa dor ou desespero "interessa" ao outro...
Independentemente do que aconteça, amanhã haverá outro em seu lugar. E se não houver, é porque o seu lugar já não era interessante ou necessário... ou pior: você era descartável, ainda que pensasse o contrário.

Eu sei... é muito pessimismo.
Mas contém altas doses de realidade.
A consternação, em sua maioria, é uma lágrima de novela.
Será mesmo que mundo não é amigo de ninguém?


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