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terça-feira, 5 de maio de 2015

MAIS UM INVERNO



Em breve estarei agregando mais um inverno à minha existência terrena. Escrevo terrena, mas sem qualquer tipo de convicção que me leve a crer que existam realmente outras paragens. Estas questões permanecem como um grande mistério, diante da capacidade de percepção e entendimento que hoje possuo. Mas me sinto abençoado por ter chegado até aqui, até este momento atual. Gracias meu Deus.
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Não tenho tido muito tempo para me dedicar a este espaço, mas eu já previa que isto aconteceria, mais cedo ou  mais tarde. Não que careça de grandes inspirações, mas em respeito aos que eventualmente visitam este blog, é preciso que eu tenha um mínimo de vontade para deixar algum tipo de registro por aqui, senão, a escrita é em vão e indevida. Faz parte. Por isso, perdoem este "blogueiro", esta não é minha melhor faceta. Mas vamos indo, topando o desafio. O que tem ocupado minha mente com grande frequência são os assuntos políticos, e não quero ficar falando sobre isso de forma constante.Quero uma comunicação consciente, mas também leve.Política é importante, mas todo o resto também.
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Andei debatendo sobre os festivais no facebook. Confesso que os resultados não são muito agradáveis. A má vontade (ou má-fé) de alguns que fazem parte do meio, acabam tornando as discussões improdutivas, parciais e ridículas. É inacreditável que os festivais não possam (e não devam) ser encarados como um forte movimento cultural em nosso Estado.  E mais inacreditável ainda é a omissão por parte dos órgãos destinados a cuidar de nossa cultura, quanto ao que deve ser feito neste meio. Em pleno século XXI, o Estado patrocina vários eventos sem transparência, com atitudes totalitárias e indecentes. E temos pessoas do meio que defendem regras que estão muito longe de serem democráticas. Afinal, quem ganha com a repetição de erros, com a somatória de absurdos? O que se faz hoje em alguns festivais é realmente música campeira? E o que é música campeira? Quem estabeleceu as verdades sobre este assunto? Porque a resistência nas mudanças que não mudam o cerne do evento, mas sim sua transparência e decência? Isso é assunto para vários debates ainda. Contudo, já estou um tanto quanto de saco cheio. Em outro momento, talvez fale mais sobre isso.
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Um pouquinho de política: fiquei assombrado com a coluna que li, da Rosane de Oliveira. Manifestando uma opinião que para mim é de uma infelicidade suprema, esta Sra. defendeu a extinção da UERGS que, segundo ela, tem um custo de mais ou menos 90 milhões. Que barbaridade! Isso soluciona os problemas de décadas de nosso Estado? Isso é uma proposta aceitável? Mas a que ponto chegamos? Além de infeliz, uma opinião covarde, simplista e retrógrada! Ao invés de atacar criação e manutenção de cargos, secretarias e assessorias inúteis, busca-se acabar com uma instituição educacional e denegrir servidores concursados, tratando o assunto de uma forma irresponsável e superficial. A nobre jornalista e opinadora parece esquecer os pagamentos feitos pelo Estado para a RBS!!! Santa hipocrisia Batman...
Também não entendo os recalques que vejo contra funcionários públicos, nas manifestações nas redes sociais. Parece mais um desabafo de quem não consegue manter uma disciplina de estudo e de metas, mas enfim... talvez o foco das reclamações estejam sendo deturpados em meio a tantas sujeiras que brotam todos os dias nos palácios da governabilidade.
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Quanto ao Grenal, acho que não resta muito a dizer... ganhou o que tem o melhor elenco, o que investiu mais – e também melhor. O Grêmio atravessa uma fase difícil mesmo. Está fazendo um trabalho importante de contenção de despesas. Mas acho que deve pensar em manter um pouco mais de equilíbrio. Futebol não se faz somente com extracampo. É preciso produzir vitória, títulos. Uma gestão eficiente não pode perder de vista o fato de que a torcida necessita de um time competitivo e que dê retorno em campo. Isso é primordial. O Grêmio – e muitos torcedores têm culpa nisso – tem apostado demais em estrangeiros, na tal “alma castelhana”... e os frutos destas aposta são ZERO. Nenhum grande jogador, somente grandes salários e belas encrencas. Respeito o Felipão, mas ele é por demais ultrapassado. E cito dois exemplos fundamentais, que nos custaram o título do gauchão: preferiu jogar com Felipe Bastos, deixando Wallace no banco. Pelo pouco que entendo de futebol, Wallace é só umas 136 vezes melhor. Deu no que deu. O outro exemplo dá-se no arquivamento do jovem Lincoln... alguém consegue explicar? Pois é... nem eu. Lamento até hoje que Homero Bellini Jr. não tenha sido eleito presidente do tricolor. O Grêmio precisa respirar novos ares, e estes ares existem em seus próprios pulmões.
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Meu livro de poesias (Travessia) já está na Gráfica, em fase de editoração e ajustes. Já temos uma ideia de capa, de “miolo” e tudo mais... falta mesmo somente a correção de alguns pequenos itens e, em breve, já estará circulando por aí.  Por incrível que pareça, não estou ansioso ou coisa do tipo. Gosto da ideia de estar conseguindo concretizar algo deste porte. Hoje, me parece bastante importante, talvez amanhã já não seja. Espero que seja um trabalho bem recebido, aceito pelos amigos e leitores. Só isso, nada mais.
Em breve, mais um inverno à tarca dos anos.
Quem sabe, mais alguns livros... espero que mais amizades, mais tempo com a família, mais música e poesia, mais trabalho, mais simplicidade e cada vez mais, paz de espírito.  Sempre com muita saúde, para todos nós.
Grande abraço! Deixo uma imagem de regalo!

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