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segunda-feira, 25 de agosto de 2014

SOBRE A MORTE... DOS LIVROS!


Hoje em dia, vivendo em mundo totalmente tecnológico e “conectado”, não raro, me vejo preocupado com o futuro dos livros...  Tenho um filho adolescente e sinto na pele as mudanças que este mundo novo proporcionou: a casa possui prateleiras repletas de livros, de todos os gêneros e estilos, e eu noto que ele ainda lê pouco, quase nada... pelo menos, perto daquilo que eu considero ideal. Nesse caso, me permito dar um “desconto”, porque o meu “ideal” talvez não seja um bom balizador, afinal.
                Ao conversar com amigos, das mais variadas classes sociais, entendo como notório e inexorável o fato de que esta, é mesmo, uma tendência: o desinteresse pelos livros...
                Poucos jovens estão desenvolvendo o fascínio pela leitura... quando  leem, tem que ser algo que possa ser lido diretamente no computador, na internet... poucos, nessa nova geração, sentem – ou querem sentir – o prazer de abrir um livro novo e inalar aquele perfume maravilhoso que só as obras literárias possuem... acho que somente os mais antigos (e aqui eu me incluo) ainda alimentam aquela curiosidade de folhear os livros e perpassar todo o seu conteúdo com uma breve olhadela, imaginando até onde o texto irá levá-los...
E isso, com toda a certeza, é um problema grave! A consequência desta falta total de aptidão à leitura nos têm presenteado, cada vez mais, com textos preguiçosos, frases totalmente mal redigidas (sem nexo mesmo) e uma infinidade de cópias e plágios, ainda que inconscientes. A capacidade de raciocínio e de pensamento parece ser algo do passado.
Pesquisas e  trabalhos de aprofundamento, foram completamente abandonados... hoje em dia se usa o Google e a tal da Wikipédia que, invariavelmente, apresenta tentativas de homicídio à verdade, as vezes realmente consumando o fato.

As bibliotecas, que antes possuíam aquela aura de sede de conhecimento, aquele silêncio de sabedoria, hoje servem, quando muito, para um mero ponto de encontro ou de utilização de Wi-fi.
Quem escreve esses texto, não é alguém que seria hipócrita a ponto de querer dizer que todos deveriam ler as grandes obras do maiores escritores brasileiros e mundiais... não. Eu mesmo, nunca fiz isso. Aliás, possuo um gosto para a leitura que  talvez não seja considerado o mais recomendado.
Mas que seria bom que ao menos esses jovens de hoje lessem, que conseguissem desenvolver de alguma forma o apetite e a fome literária, ah, isso seria bom.
Parece que os colégios, as faculdades e os professores estão à mercê deste mundo novo, que já está ficando velho...
Por incrível que pareça, ninguém sabe ainda como lidar com essas transformações, e tal fato está “parindo”, de forma sistemática, uma juventude um tanto quanto alienada e deixando os verdadeiros professores e mestres, imersos em um mar de decepção... falo em “verdadeiros” porque nem todos podem ser assim considerados.
Enfim, com pesar, tenho lido as repetidas notícias que dão a entender que a morte dos livros, na forma convencional como os conheci - e que cultuo - é mera questão de tempo... em breve, talvez, somente os tenhamos em computadores, o que permitirá um “copiar”- “colar” muito eficiente.
Penso, sinceramente – e isso não serve de referência – que se trata, tão somente, de um trabalho intenso de massificação, de aculturamento, de empobrecimento intelectual e espiritual...
Me resta uma inconformável conformidade! Se isso acontecer ainda no meu tempo, viverei pelos sebos, empoeirando a matéria, mas abençoando a alma, evitando “Paulos Coelhos” e com muitas ânsias de Alcides Maya e afins... 
Desculpem algum erro, não tive tempo de conferir nada no Google...
Caine Teixeira Garcia
Bagé/RS – 25/08/2014




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