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quinta-feira, 17 de agosto de 2017

UM BRINDE À VIDA!!!

A morte é sempre um atropelo, é visita indesejada...
Não há quem a receba bem, ou que a espere de fato. Ainda que nas situações mais críticas seja ruminado o velho jargão "parou de sofrer", ninguém a deseja, nem no derradeiro momento...
Por mais elevado espiritualmente que possamos ser, penso que ninguém está realmente preparado para partir... e que nada consola realmente aos que ficam...
A morte é sempre indigesta, desapegada e o adeus que orquestra é, via de regra, alicerçado na dor, no sofrimento, na incerteza e na desesperança.
É uma senhora desaforada, desrespeitosa e não tem escrúpulos... não se comove com lágrimas. Nem mesmo o "todo poderoso" dinheiro pode impedir sua ação. Mais cedo ou mais tarde ela acaba se apresentando, levando o seu olhar obscuro e os seus desejos de fim até mesmo aos mais belos salões aristocráticos.
Por impiedosa, até se vende a uns trocados, mas não cumpre promessas, não garante retorno e destrói futuros. Brinca, em seu humor negro, mas não se envolve.
A morte é "veiaca", não observa razões... é doença sem vacina, é insensata e mordaz... Sendo o oposto da vida, às vezes me parece mais forte... todos sabem que ela é inarredável, até mesmo antes do nascimento.Vejam o quanto isso não é curioso e assustador!
Porém, uma coisa podemos - e devemos - afirmar: em seus critérios, ela é justa! Não respeita cargos, posses, fama ou coisas parecidas... possui as mesmas intenções para com todos, ou seja, arrebatar a vida!!
Só existe uma forma de vencê-la, de derrotar seu "espírito de porco": sobrevivendo além da vida, nos corações e na alma daqueles que nos querem bem, com nossa histórias, com nossos pensamentos, com nosso mundo peculiar e nosso jeito único de ser... ah, benditas sejam as lembranças e as memórias!
Pois é...resta ao menos a certeza de que a morte jamais terá o brilho de uma vida muito bem vivida...
Assim sendo, um brinde à vida!!! E que a morte, essa senhora desajeitada e maldosa da qual estávamos falando, pereça de inveja...

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