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sábado, 4 de julho de 2015

O CASO "MAJU"

Muito triste o que aconteceu com a repórter “Maju”, do Jornal Nacional. Parece que a irracionalidade cada vez mais está ganhando espaço, muito pela facilidade proporcionada pelas redes sociais aos covardes e estúpidos para que exponham suas ideias e insanidades, de forma totalmente vil e perigosa, sem grandes consequências pelos seus atos criminosos.
Admito que fiquei deveras chocado com o que li. Acredito que para mentes minimamente sãs, inexiste um motivo qualquer que justifique ataques tão horrendos, ofensivos e preconceituosos quanto aqueles que tive o desprazer de ler.
Ter meus quarenta anos tem muito de desvantagens. Uma delas é constatar que cada vez mais a ignorância e desumanidade definitivamente estão presentes em nosso cotidiano... e que infelizmente não possuem limites. Isso é extremamente frustrante.
O racismo convive conosco, ele frequenta o colégio, almoça no restaurante, joga uma pelada nos finais de semana, bate cartão no trabalho, vai ao fórum, assiste ao campeonato brasileiro de futebol e, (não) pasmem: também quer saber das previsões do tempo.
Todos os preconceitos são inadmissíveis, execráveis, devendo ser punidos com rigor, além de termos a obrigatoriedade de lutar para que sejam banidos do nosso convívio e de nossa sociedade. Contudo, o racismo parece ferir de uma forma muito profunda e marcante as pessoas de bem. Obviamente que as vítimas são as maiores prejudicadas por atitudes como essas, mas creio que todas as pessoas de bem acabam sendo atingidas por esses fatos, pois é facílimo de constatar a indignação de todos. Não só pela irracionalidade inerente ao ato, mas também pelo sentimento de total impotência que aflige a todos nessas horas.
Já passamos da época do debate e de querermos achar explicações que inexistem, salvo aquelas que habitam mentes e corações doentios, de seres humanos que são de uma pobreza de espírito tão grande que acabam por acordar também em nós um lado até certo modo, sombrio.
Estamos no tempo de EXTIRPAR ESTE MAL que persiste em conviver conosco. O racismo é uma mazela, uma chaga, uma peste social. É abominável, ultrajante, com consequências irreversíveis, ainda que às vezes ocorra em uma "escala" quase imperceptível. O chamado racismo ou preconceito "velado".
Quem não sente nojo de pessoas como essas, capazes de insultar seus iguais e que se acham melhores que outros por questões de cor da pele, desqualificando e prejudicando seres humanos? Quem não deseja que covardias desse nível sejam punidas com severidade e de maneira exemplar?
Se por parte de quem não sofreu com o crime de racismo já é difícil relevar um comportamento tão aviltante e inadequado, imagine para quem foi vítima? É impossível “dar a outra face”. É ERRADO fazê-lo.
Não devemos compactuar com essa “cultura” que plagia os nefastos momentos de nazismo vividos pelo mundo, que perpetua os piores momentos da raça humana.
Um país que tem sua história manchada por épocas vergonhosas em que havia a permissão para que seres humanos fossem tratados como coisa, não pode fazer vistas grossas para casos como esse, em pleno século XXI. O Brasil ainda tem o sangue dos negros em suas “mãos” e nunca haverá de saldar sua dívida, uma vez que não há como voltar atrás e eliminar o mal feito. Nosso país foi erguido por meio da intolerância praticada contra aqueles que tinham a tez púrpura, contra milhares de homens e mulheres como nós, cuja diferenciação foi e é feita por bandidos que sujam e acabam com a dignidade de toda a nossa espécie.
Nos resta ficarmos vigilantes, atentos e combativos, a fim de que não retrocedamos um milímetro sequer no combate a esta praga. Ao contrário, há muito ainda por avançar... as provas disso são inequívocas... o crime possui a perigosa mania de perseverar.
O racismo envergonha e revolta pessoas de bem. Ele não é coisa de Deus... e nem mesmo o Diabo seria capaz de tamanha desumanidade.
Tolerância ZERO e punição imediata aos racistas. Eles não merecem uma gota de piedade, pois são a escória da humanidade, o que há de mais imundo em todo o planeta.
Que tempos melhores definitivamente aconteçam para a “Maju” e também para todos nós.


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