Não canso
nunca de repetir que a política é algo sério, embora ainda a tratemos como uma “coisa
qualquer” que ocorre em nossas vidas.
O País vive
novamente um momento de grande instabilidade, onde a imensa capacidade de
comunicação existente no mundo atual acaba por auxiliar e prejudicar ao mesmo
tempo. É muita informação, com paradoxos extremos e algumas toneladas de
interesses escusos agindo nas sombras.
Esta situação,
aliada ao fato de que a grande maioria não se interessa por política (a não ser
para reclamar – de preferência sentados,
sem fazer nada) e que carrega, ainda, uma preguiça enorme de ler e buscar
informações fidedignas, acaba por criar uma guerra insana de acusações e
defesas, embasada em teses muitas vezes desprovidas de qualquer tipo de
fundamentação. Estas teses, protegidas por lacaios adestrados por interesses –
ou pela própria burrice – faz com que a maioria não enxergue o óbvio. O que é
ululante. O que grita em desacordo total ao que se fala.
Esse é o
momento atual do Brasil. Temos um desgoverno total, praticado por pessoas que
defenderam FERVOROSAMENTE o impeachment de Fernando Collor (por muito menos do
que aquilo que estamos vendo agora, com uma vastidão de provas inarredáveis)
que também pediram a saída de Fernando Henrique, e que agora afirmam que um
movimento deste tipo não passa de um ato golpista.
Fomos vítimas
de uma enorme fraude eleitoral, praticada tanto nas urnas quanto na campanha e
nos discursos, alimentada e consolidada por tribunais aparelhados pelo “governo”.
Temos
exércitos à nossa espreita, trazidos de países vizinhos, com quem o PT possui relações
promíscuas e inconstitucionais, a fim de garantirem a “democracia” defendida
pela situação.
Aliás, temos
um “líder”, um ex-presidente (surgido do povão, um “batalhador” das classes
menos privilegiadas) que CONVOCOU este exército para ir às ruas com o intuito
de acabar com movimentos sociais legitimados não por um partido, ou por uma
classe, mas pela ânsia de um povo que não aguenta mais servir banquetes alheios
às custas de seu suor.
O “governo”
não quer nossa aprovação, ele quer nossa aceitação e nosso medo. O “governo”
não tem um projeto de país, tem um projeto de poder.
Ainda temos
alguns “pensadores” e “analistas” (de balcão) que ignoram o Foro de São Paulo!
Tomara que estas mentes brilhantes não necessitem pegar em armas um dia, nem
mesmo para sua própria defesa. Tamanha idiotização certamente os impediria de
também serem bons defensores – mesmo que da própria vida.
Não devemos
confiar em partidos, devemos auxiliar pessoas. O PSDB, por exemplo, que tem em
suas fileira o principal líder oposicionista, é uma “água-morna” que jamais servirá de fervura
para mudanças realmente necessárias. Não com essa postura de quem fica
analisando os passos da história, esperando que a população faça por ele,
aquilo que ele deveria ter por objetivo primeiro: defender seu povo e lutar
pela total e mais limpa democracia possível.
E isso serve
para TODOS os partidos. Aliás, a história mundial nunca teve grandes momentos
(bons, eu digo) realizados pelas “mãos” de partidos ou grupos exclusivistas e
com projetos que não visualizavam realmente o bem comum. Os melhores momentos
da humanidade foram guiados por grandes líderes, por pessoas, que, por vezes,
desafiaram seus grupos, foram contrários à doutrina pratica em seu meio, pois
vislumbravam um bem maior, queriam melhorias para a coletividade. Muitos foram
chamados de arruaceiros, de sonhadores, e até mesmo de bandidos.
Não confie em “esquerda”
ou “direita”... sempre, a única coisa que SEMPRE existiu, é o poder. Quem o
exerce e quem está “fora do jogo”. Situação e oposição, que um dia trocarão de
lado. E o povo no meio.
Dizem que ser
contrário ao que está posto, é ser golpista.
A democracia
não se solidifica com aceitação total, não protagoniza uma nação submissa e
jamais alcançará a todos enquanto for entendida a meio-termo, explicada aos
sussurros e praticada conforme convém ou de acordo com interesses de minorias.
A democracia plena
pode até ser inalcançável, mas é o grande sonho a ser perseguido, é a grande
realização a ser buscada.
O processo de
mudança cultural é enfadonho, custoso, penoso e, por vezes, cruel. Estamos
passando por um mau momento, mas creio que seja necessário. Confio que possamos
emergir melhores, mais capazes e com mais discernimento deste processo. Quem sabe estejamos diante de uma espécie de “purificação”?
Só não podemos
fugir aos meios necessários, nem deixar de utilizar aquilo de que dispomos
atualmente. Fechar os olhos não é a solução. Ser covarde, também não.
É preciso que
aproveitemos esse “lava-jato” para começar as limpezas necessárias, tanto no
Planalto, quanto no Congresso... assim, também chegaremos à podridão do
Judiciário.
Me desculpem o
mau jeito, mas eu sou golpista, sim senhor. Quero o Impeachment de Dilma. Se precisar, também vou querer o de Temer, de Eduardo Cunha e de Renan Calheiro e de quem mais se apresentar em tais "condições".
Prefiro ser "golpista", pois não me presto para ser alienado, marionete ou covarde.
Parabens!! Excelente texto...acho que traduz o sentimento de milhares de brasileiros!!
ResponderExcluirMuito obrigado. Um grande abraço!
ExcluirMuito obrigado. Um grande abraço!
ExcluirExcelente... O mesmo que sinto. O Brasil inteiro deveria ter acesso a este comentário.
ResponderExcluirGracias, um grande abraço!!!
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