Aceitação é algo que, a todo
momento, nos assedia... sermos ou não aceitos, aceitarmos ou não aos outros.
Não digo da maneira mais fácil, mas daquela forma que nos deixa um pouco
desconfortáveis, desconfiados... aceitar ao outro da maneira como o outro é e
não como gostaríamos que ele fosse...
Vejo aí um grande desafio, pois,
via de regra, temos facilidade em aceitar aquele que não nos confronta, que não
nos contraria, que não nos ameaça em termos de status, de evolução, de progresso,
de afirmação. Contrário a isso, todos que se apresentam diferentes, discordantes
do que cultuamos ou pensamos, já criam uma natural resistência. Ou nem tão
natural assim.
A ampla maioria das pessoas tem
dificuldades em aceitar o diferente. E isso interfere diretamente em nossas
relações humanas, em nosso convívio, em nosso avanço pessoal e coletivo.
Na verdade, creio que o tema
aceitação, muitas das vezes, esteja diretamente relacionado a algumas coisas:
vaidade, egoísmo, ganância e maldade... interesses pessoais, não raros,
ocultos.
Entendo que possamos não
simpatizar com determinadas pessoas, mas isso não nos dá o direito de aliená-las
ou excluí-las de forma acintosa, maquiavélica, simplesmente porque não gostamos
de suas ideias, do seu jeito, da maneira como defendem seus objetivos. Salvo
que seja algo que prejudique diretamente nossa vida particular, nossos destinos
ou, então, que exista uma predisposição ao enfrentamento gratuito e desonroso.
A não aceitação por motivos
torpes, com certeza é campo largo para as cobranças internas de nossa própria
consciência. A insônia há de fazer berço
no catre de quem pratica este tipo de injustiça. Há de calar um espinho no
coração de quem prejudica ao próximo, por questões rasteiras e que, de forma
nenhuma, agregam à alma.
Todos querem ser aceitos, mas nem
todos estão verdadeiramente determinados a aceitar ao próximo, mesmo que com
ressalvas.Ter opinião e personalidade é importante... respeitar a opinião e a personalidade dos outros, mais ainda.
Também entendo que ser submisso a tudo e a todos, ou navegar contra o que se tem por princípios apenas para se conseguir a aceitação dos demais, é mais do que melancólico... é depreciativo.
Equilíbrio sempre... especialmente no quesito aceitação.
Também entendo que ser submisso a tudo e a todos, ou navegar contra o que se tem por princípios apenas para se conseguir a aceitação dos demais, é mais do que melancólico... é depreciativo.
Equilíbrio sempre... especialmente no quesito aceitação.
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